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MANIFESTO OIA

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A OIA declara, primeiro, acima de linhas editoriais de seus selos, autores, autoras, publicações, serviços, ações, projetos educacionais e eventos, trabalhar incessantemente para a transformação da literatura brasileira contemporânea, promovendo brasilidade. Esta declaração, na forma de manifesto, traduz o que pontamos como linha geral para nossas ações: Falar de Brasil; localizando personagens em solo brasileiro; contando estórias em solo brasileiro; cultuando nossa língua portuguesa-brasileira; cultuando nossas culturas, falares e sotaques, frutos de tanto sofrimento contra nossos povos originários, escravidão de africanos, e ainda, povos europeus que aqui nos saquearam e colonizaram, deixando marcas eternas, seja através da dor, extermínio, genocídio, pela pose autoritária e arbitrária, construindo nossas identidades, pecados e virtudes. Somos um povo fruto de uma palavra que sempre consumirá nossas almas, memórias e ancestralidades: DOR.

1. Promover brasilidade é um reparo histórico e luta constante contra o desapego e um grande desprezo do próprio brasileiro para com sua identidade, seja através dos nossos eternos vira-latas, nossa baixa autoestima e troncos arqueados aos homens de poder e a nossa classe burguesa abjeta e subserviente, sem qualquer identificação com a construção de uma identidade brasileira. RESISTIMOS, LOGO ESCREVEMOS.

 

2. Promover a paciência, pois a conquista de nossa identidade não se dará utilizando os mesmos processos arbitrários e autoritários aos quais nos submeteram, a quem discorda de uma promoção de uma brasilidade, acima de qualquer culto a culturas ou manifestações artísticas de outros povos. A OIA sempre tratará nossa juventude com a paciência didática para reaproximá-los da nossa literatura brasileira, principalmente a de autores(as) vivos. ASIMILAMOS, ABRASILEIRANDO ÀQUILO AO QUAL NOS IDENTIFICAMOS. Viva nosso antropofágico instinto de sobrevivência!

3. Resgatando culturas originárias e afrobrasileiras; homens e mulheres aos quais devemos de fato a construção de brasilidades; comportamentos, crenças, folclore, culturas e personalidade. O que seria do Brasil sem nossos pretos e indígenas, além de cópias baratas e rasteiras de povos ocidentais imperialistas e colonialistas? Cópias nazipardas de sua branquitude racista, machista e sua moral cristã que oprimiu e oprime nossos desejos, orientações e movimentos de corpos. ESCREVEMOS, LOGO DENUNCIAMOS. E sem uma consciência política, nossa literatura não ultrapassará jamais o umbral das tolas teorias do que é belo e estético. Seremos os eternos exóticos "bonitinhos e ordinários".

4. Cultuando os vivos que escrevem, promovendo assim, a literatura brasileira de hoje e nossa língua contemporânea. E cultuar os vivos, publicando-os, não significa desprezarmos nossos passado literário, pelo contrário, pois também os publicaremos, porém, traduzindo o português arcaico para como falamos e nos expressamos com nossa língua no hoje. PUBLICAMOS, LOGO EDITAMOS EM PORTUGUÊS CONTEMPORÂNEO.

5. Respeitando direitos autorais e não brincando com sonhos, seja em contratos e pegadinhas de editoras criminosas ou gráficas travestidas de editoras. Combateremos e denunciaremos todos os que enganam as pessoas que escrevem, com a chantagem de um pretensa influência em prêmios, revistas e mesas literárias. Combateremos, principalmente, os que enganam pessoas sem qualquer talento, com a promessa de os transformarem em grandes, quando na verdade miram apenas os bolsos de desavisados e iludidos. TEMOS A BANDEIRA DA REGULARIZAÇÃO DA PROFISSÃO DE ESCRITOR. Felizes são os que se expressam pela escrita. Mais felizes ainda, aqueles que se expressam profissionalmente pela literatura.

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